O ano de 2022 foi marcado por diversos acontecimentos nas gigantes de tecnologia, e em boa parte deles o nome Elon Musk esteve presente. Por isso, decidimos trazer uma pequena retrospectiva deste ano para o empresário mais falado no momento.
Também fizemos uma retrospectiva especial sobre sua interação com o Twitter e todos os problemas envolvidos com sua compra. Para saber mais leia aqui!
Leia mais:
- Gêmeos digitais vão revolucionar os testes clínicos
- Além dos charutos: Gangue cubana lucrou mais de US$ 60 milhões com ransomware em 2022
- Mapa mostra que a emissão de poluentes é diferente do imaginado
Elon Musk junto a Ucrânia
Em fevereiro, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia teve início. Após o país russo atingir as torres de comunicação do país vizinho, Elon Musk prometeu ajudar. Com apenas um mês após o início do conflito, o CEO da SpaceX começou a enviar terminais de internet via satélite para o país.
De acordo com Zelensky, presidente da Ucrânia, o magnata tem contribuído para a resistência ucraniana “com palavras e ações”. “Na próxima semana receberemos outro lote de sistemas Starlink para cidades destruídas”, escreveu o presidente.
Poucos dias após a ajuda, Zelensky, admitiu ter discutido um cenário pós guerra com o empresário. Mas disse que só iria falar disso quando o conflito realmente acabar.
O bilionário chegou até a desafiar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a um duelo, sendo o prêmio final a Ucrânia. Importante lembrar que, há um ano, Musk disse que estava com planos de levar seus carros Tesla para o mercado russo.
“Eu desafio Vladimir Putin para um combate individual. O prêmio será a Ucrânia”, diz o tweet, indicando que o vencedor irá decidir o destino da guerra. “Você concorda com essa luta?”, perguntou em seguida, marcando a conta do Kremlin, perfil oficial do presidente russo.
Em maio, o empresário chegou a ser acusado de ter ligações com os “fascistas da Ucrânia” pelos veículos de imprensa russos. “Elon Musk, portanto, está envolvido no fornecimento das forças fascistas na Ucrânia com equipamento de comunicação militar. E por isso, Elon, você será responsabilizado como um adulto – não importa o quanto você seja um tolo”, diz um trecho do texto enviado para o e-mail do empresário e publicado por ele mesmo. Para Musk, isso soou como uma ameaça. “Se eu morrer sob circunstâncias misteriosas, foi bom ter conhecido vocês”.
Atualmente, Musk segue enviando equipamentos para ajudar o país com sua comunicação. Mas isso está resultando em uma grande dívida. O empresário já deixou claro que não conseguirá manter este auxílio por tempo indefinido.
Brasil
Neste ano, Elon Musk deu uma passada no Brasil para uma reunião com o ex-presidente, Jair Bolsonaro. Segundo o ministro das Comunicações na época, Fábio Faria, o assunto discutido foi a conectividade e a proteção da Amazônia.
Nesta visita, o empresário anunciou o plano de atender mais de 19 mil escolas desconectadas das áreas rurais e o monitoramento ambiental da Amazônia. Atividades que seriam feitas pela sua empresa SpaceX.
Infelizmente, essas atividades ficaram apenas no papel. Nenhuma escola foi atendida até hoje e não temos nenhum monitoramento da floresta Amazônia sendo feito pela SpaceX atualmente.
Neuralink
O ano não foi muito bom para a empresa de neurotecnologia de Elon Musk. Ela foi acusada de maltratar animais nos quais fazem testes, mais especificamente macacos. “O Comitê de Médicos para Medicina Responsável (PCRM) diz que descobriu centenas de fotos de macacos sendo torturados durante os testes com a tecnologia”, diz a matéria.
Após este escândalo, a empresa continuou com seu desenvolvimento de chips cerebrais e pretende começar teste em humanos no ano que vem. O objetivo é desenvolver implantes cerebrais que possam, no futuro, curar doenças cerebrais e até mesmo aperfeiçoar os aprendizados de seus utilizadores.
Logo no fim do ano, a empresa voltou a ser investigada por mortes de animais. A investigação foi aberta pelo Inspetor Geral do Departamento de Agricultura estadunidense, focado na Lei de Bem-Estar Animal.
Tesla
Certamente esta empresa teve altos e baixos em 2022. O ano começou com um processo, a empresa estava sendo acusada de racismo e assédio em uma de suas unidades na Califórnia. As acusações foram feitas em 2015 e 2019.
Segundo a Tesla, houve reclamações no passado referentes a discriminação e assédios, mas não surgiram provas que comprovassem essas más condutas.
Independente do processo, a empresa bateu recorde e entregou mais de 310 mil veículos no primeiro trimestre de 2022. Musk citou em seu perfil no Twitter problemas na cadeia de suprimentos de peças e também o fechamento temporário de instalações da Tesla em Xangai, na China, como pedras no sapato da empresa ao longo do período.
Porém, apesar de suas grandes vendas no primeiro trimestre, as mortes causadas pelos carros da Tesla irá virar um documentário. Produzido pelo New York Times (NYT) e pela FX, o documentário ‘Elon Musk’s Crash Course’ contará como o bilionário tentou barrar investigações governamentais sobre as mortes causadas pelos carros auto pilotados da Tesla, com depoimentos de ex-funcionários da montadora.
Com a compra do Twitter as coisas foram de mal a pior. As ações da Tesla caíram e Elon Musk começou a vender um número de ações preocupante para os investidores. Até novembro de 2021, Musk já tinha vendido US$ 40 bilhões em ações.
Musk afirma que os investidores (ainda) serão beneficiados pela compra da rede social Twitter, mas até hoje eles não tiveram retorno do investidor. Com todas estas mudanças, Elon Musk termina o ano não sendo mais o homem mais rico do mundo. A informação vem do ranking Bloomberg Billionaires Index, que mostra que o patrimônio atual de Elon Musk, de US$ 161 bilhões, foi superado por Bernard Arnault, Diretor executivo da LVMH, que tem um patrimônio por volta de US$ 165 bilhões.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
O post 2022, o ano de Elon Musk apareceu primeiro em Olhar Digital.
0 Comentários