A Terra é especial em muitos aspectos. Mas, no quesito vulcões, o planeta azul perde feio para o seu vizinho vermelho. Isso porque é em Marte onde fica o Monte Olimpo, considerado o maior vulcão do Sistema Solar.
Nem dá para falar que a competição pelo primeiro lugar do pódio é acirrada. Em comparação ao volume do Mauna Loa – o maior vulcão da Terra – o do Monte Olimpo é 100 vezes maior. O Olhar Digital te mostra os detalhes desse colosso extraterrestre e da sua região lá no planeta vermelho.
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Raio-x do Monte Olimpo
Antes de mais nada, o Monte Olimpo é um vulcão-escudo e suas dimensões são dignas de uma morada de deuses mesmo. Só de diâmetro, ele tem 624 quilômetros. Para você ter uma ideia, o arquipélago inteiro do Havaí, onde fica o Mauna Loa, caberia dentro da sua estrutura, ladeada por uma escarpa de seis quilômetros de altura.
Do mesmo modo, o Monte Olimpo impressiona na altura. São 25 quilômetros entre sua base e cume. A título de comparação, é quase três vezes a altura do Monte Everest – cuja escalada já demora, em média, 40 dias. Ou seja, se fosse possível escalar o gigante marciano, levaria meses.
Além disso, um dos mapas do planeta vermelho, divulgado pelo Centro de Ciências Astrogeológicas da USGS (Serviço Geológico dos EUA) no começo de 2023, trouxe mais detalhes sobre o vulcão gigante.
Analisando seus contornos, os cientistas perceberam que o Monte Olimpo tem fluxos de lava no cume da caldeira, cuja largura se estende por 80 quilômetros. Com esse mapeamento, fica mais fácil para os pesquisadores compararem o vulcão marciano com os terrestres – como o Mauna Loa, outro vulcão-escudo – para entender suas estruturas.
Por que tão grande?
O Monte Olimpo é um colosso, mas não é o único gigante em Marte. Isso porque os vulcões na região de Tharsis – onde fica o Olimpo – são de dez a 100 vezes maiores que os da Terra. E toda essa magnitude se deve à formação do planeta vermelho.
Por se tratar de um planeta pequeno e rochoso, relativamente perto do Sol, Marte teve atividade tectônica intensa durante seu período de formação. Como se não bastasse, seu histórico geológico tem sinais de impactos com outros objetos espaciais (meteoros e asteróides, por exemplo).
Outra razão pela qual os vulcões marcianos são tão grandes é o fato da crosta do planeta vermelho não se mover igual a da Terra. A diferença de tamanhos é uma consequência direta dessa disparidade de dinâmicas.
Por aqui, as placas da crosta se movem acima dos pontos quentes. A partir desse movimento, novos vulcões aparecem, outros são extintos. Na prática, o volume total de lava do planeta acaba distribuído entre muitos vulcões.
Já em Marte, a crosta fica parada. Aí, sem a movimentação, a lava se acumula em vulcões muito grandes. Muito grandes mesmo. Vide o colossal Monte Olimpo e outros tantos na superfície avermelhada do planeta, ainda tão misteriosa para nós, meros terráqueos.
Fontes: Info Escola, Nasa e Nexo
Imagem de destaque: ESA / DLR / FU Berlin / J. Cowart
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